quarta-feira, 8 de junho de 2011

ÍNDIO CONFESSA ESTAR "DIVIDIDO", ENTRE VASCO E COXA

Na final do Brasileiro, em 1985, Índio fez 1 a 0 para o Coritiba contra o Bangu (1 a 1). Nos pênaltis, deu Coxa por 6 a 5 e o título ficou com o clube paranaense


No dia em que completou 53 anos (na última segunda, 6), Valdevino José da Silva, cuiabano radicado há décadas no Rio de Janeiro e que ganhou fama no futebol como Índio, falou ao Papo Esportivo, sobre o privilégio de ter jogado em dois dos maiores clubes do país e que logo mais decidirão a Copa do Brasil, na capital do Paraná. “Meu coração está dividido”, confessou.
No jogo de ida, deu Vasco 1 a 0, no Coritiba, em São Januário.
Não muito distante de onde começou a carreira, o ex-atacante vive na Penha bairro em que tem escolinhas de futebol. Formado no clube da cruz de malta, mas eternizado na história alviverde, Índio se desvencilha da marcação na hora de responder para quem torcerá, com a mesma habilidade com que se livrava dos zagueiros.
"Como joguei nas duas equipes, meu coração está dividido. Tenho uma grande consideração pelos dois, pois no Coritiba conquistei vários títulos, entre eles o Campeonato Brasileiro de 1985, o mais importante da minha carreira. Já o Vasco da Gama foi o clube onde comecei minha vida profissional e, além disso, ainda tenho muitos amigos por lá. Espero que vença o melhor", afirmou.
Treinador do Aperibeense no ano em que o Gigante da Beira Linha cumpriu sua melhor campanha na Série B e perdeu a chance de conquistar o acesso no quadrangular final que promoveu Bangu e Tigres do Brasil, em 2008, Índio reencontrou o clube da Zona Oeste, vinte e três anos depois de calar noventa mil pessoas no Maracanã lotado e com todas as torcidas da cidade apoiando o alvirrubro.
"Aquele ano foi algo de maravilhoso, tudo aquilo que um jogador pode querer. Tínhamos um time fantástico e que mesmo sem peças de renome era muito coeso. Sob o comando do Ênio Andrade (falecido treinador, com três títulos brasileiros) as coisas funcionavam com eficiência, já que ele extraía o que cada um tinha de melhor. Na final com o Bangu, marquei duas vezes: de falta, aos 25 minutos do primeiro tempo (abriu o marcador e ainda na etapa inicial, Lulinha - que dirigiu o America na última Taça Guanabara – empatou, aos 35) e nas cobranças de pênaltis converti a segunda de meu time. O Bangu tinha um timaço e era favorito no Maracanã lotado, mas acabou que deu Coritiba", lembrou, com saudade.
Hoje como treinador, Índio faz questão de avaliar os finalistas e garante que o título e uma vaga à Libertadores estará em ótimas mãos.
"O Coritiba vem fazendo uma grande temporada e está mostrando desde o início do ano que é uma equipe muito bem entrosada, o que foi observado no campeonato paranaense, conquistado com uma impressionante campanha invicta. Sobre o Vasco, após a entrada do atual treinador (Ricardo Gomes), o time ganhou um padrão de jogo. Esse fator, somado aos jogadores experientes do elenco, está sendo um diferencial na reta final. Ambos estão muito bem armados e são merecedores do título. Tenho certeza que será um grande partida. Estarei no Couto Pereira prestigiando esta grande final. E que vença o melhor ", afirmou.

O treinador Índio (por Paulo Roberto Rodrigues)

Vice-campeão da Série C na temporada anterior, quando perdeu o título para o Sendas, o Aperibeense investiu na contratação de Índio para ser o treinador da equipe na Série B de 2008. E a escolha feita pela diretoria do Gigante da Beira Linha deu muito certo. Quando o ex-jogador de Vasco, Coritiba e Corínthians assumiu, todos imaginavam que o alvinegro do Noroeste Fluminense apenas figuraria entre os times que brigariam para evitar o rebaixamento. Porém, o que aconteceu foi o inverso: o time brigou pelo acesso à elite do futebol carioca até o fim. Não fosse a péssima atuação do árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro e do assistente Marçal Rodrigues Mendes, na derrota para o Olaria por 2 a 1, no estádio Giulite Coutinho, Índio teria conquistado outro feito inédito na carreira, desta vez como treinador.
Na fase classificatória da Série B de Profissionais daquele ano, o Aperibeense ficou na segunda colocação do Grupo A, com 20 pontos ganhos, um a menos que o lider Goytacaz, e à frente de equipes tradicionais como Rio Branco e Itaperuna. Floresta de Cambuci e Independente (atual Serra Macaense) também faziam parte da chave. Na segunda fase, com quatro clubes em cada grupo, novamente o Gigante da Beira Linha terminou em segundo, atrás apenas do Tigres do Brasil, e garantiu vaga na terceira fase. Já entre os oito melhores da competição, o alvinegro do Noroeste Fluminense caiu num grupo formado por Bangu, Portuguesa e CFZ do Rio. Quando todos pensavam que as surpresas tinham terminado, Índio e seus jogadores novamente mostraram que o time era capaz e desbancou a equipe da Ilha do Governador e o representante do Recreio dos Bandeirantes. O Aperibeense avançou com o Bangu, Tigres do Brasil e Olaria para o quadrangular final. Nesta etapa do estadual, o clube passou a enfrentar problemas financeiros, inclusive perdendo ‘mandos de campo’, e terminou na terceira colocação (sete pontos), quatro a menos que o time da Baixada, o vice-campeão.
“Foi uma grande decepção em minha vida profissional, ver o Aperibeense ser prejudicado pela arbitragem do jeito que aconteceu nessa partida contra o Olaria. Hoje não ganharíamos de jeito nenhum, por que o árbitro não iria deixar”, disse Índio logo após o jogo, com lágrimas nos olhos.
Ao longo da competição Índio teve um aproveitamento surpreendente para um time que estreava na Segundona Carioca. Foram 28 jogos, com 13 vitórias, 8 empates e 7 derrotas. O ataque marcou 34 gols e a defesa sofreu 28. Com aproveitamento de 55,95%, a equipe alvinegra conquistou 47 pontos.

Para José Arthur Sanches, narrador da Rádio Educativa FM, de Aperibé, Índio deixou saudades na cidade.

"Quando trabalhou por aqui, como treinador do Aperibeense, ele mostrou ser uma pessoa de caráter e um excelente profissional. Tanto que quase levou o time à elite do futebol do Rio de Janeiro. O nome dele nos traz boas lembranças pela bela campanha do clube que representava a cidade na época. Digo mais: Aperibé sente saudade do Indio até hoje. Além de técnico de futebol ele se tornou amigo de todos, com sua capacidade de conquistar as pessoas e seu jeito simples de ser. Tive a honra ainda de ter o Indio como treinador do meu filho, o zagueiro Arthur, quando foi emprestado pelo Madureira ao Aperibeense, por seis meses ", recordou Sanches.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

VISÃO DE RADAR ESTÁ NO AR !

ANDERSON SANTOS E FABIO MENEZES

 Meu convívio com os amigos, torcedores, funcionários, dirigentes, atletas e membros da comissão técnica  do Bonsucesso FC tem sido o melhor possível e o meu orgulho por fazer parte da família rubro-anil só tem me dado alegrias, pelo ambiente formidável e a receptividade que tive e tenho a cada dia na Av. Teixeira de Castro, 54.  Motivado por Anderson Oliveira, do site Fanáticos pelo Cesso, e web designer do mais alto gabarito, ele próprio criou o http://visaoderadar.blogspot.com/ que, em breve, será um site que manterei sempre em paralelo como parceiro do nosso Papo Esportivo.